31 de maio de 2016

Eu me Chamo Antônio

Amor é acontecimento: é o que sobra depois de todo esquecimento.
 Queria que ele 
coubesse no que eu vejo em você. 
Queria que ele soubesse que eu acredito em você. 
E que você sorrisse todas as manhãs como se quisesse me encontrar todas as noites; e à
 tardinha também. 
Dizer que me ama ao som de Jorge Ben, jurar que me quer ao ler Baudelaire.
 E não só risse para afastar o desespero. 
E não sorrisse para fingir que o amor te alegra. 
E não sumisse por temer o que te espera. 
E assumisse que o que já fomos, já era. 
E na mesmice dos nossos desencontros, eu me encontro completamente indiferente ao que você sente… Em vão… Em vão… Em vão… Pra onde vão os nossos silêncios quando deixamos de dizer o que sentimos?

Eu me Chamo Antônio.

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