27 de maio de 2016

Nem O Sol, Nem A Lua, Nem Eu

Nem O Sol, Nem A Lua, Nem Eu

Hoje eu encontrei a Lua
Antes dela me encontrar
Me lancei pelas estrelas
E brilhei no seu lugar
Derramei minha saudade
E a cidade se acendeu
Por descuido ou por maldade
Você não apareceu

Hoje eu acordei o dia 
Antes dele te acordar
Fui a luz da estrela-guia
Pra poder te iluminar
Derramei minha saudade
E a cidade escureceu
Desabei na tempestade
Por um beijo seu

REFRÃO:
Nem a Lua, nem o Sol, nem Eu
Quem podia imaginar 
Que o amor fosse um delirio seu
E o meu fosse acreditar


Hoje o Sol não quis o dia 
Nem a noite o luar.

Espirito Santo

Filha Do Rei

Tickets of Cassie - Mais uma vez, essa é pra você

Por favor, diz que você gosta da ideia de passar a tarde de um domingo comigo num parque pouco florido e calmo.
 Diz que você gosta da ideia de ir me buscar todos os dias na porta da faculdade. 
Diz que você gosta da ideia de acordar todos os dias com um beijo e um abraço meu. 
Diz que você gosta da ideia de morarmos juntos e que aceita a bagunça que eu provavelmente farei no nosso guarda-roupa. 
Diz que você gosta da ideia de discutir comigo sobre “quem vai dirigir hoje”, mesmo sabendo que na maioria das vezes, entrarei nessa briga só para te provocar. 
Diz que você gosta a ideia de casarmos na praia e passarmos duas semanas no Canadá, nem tanto para conhecer o local, mas para fazê-lo de nosso refúgio particular. 
Diz que você gosta da ideia de que nossa Husky Siberiana se chame “Jude”, só por causa da minha louca paixão na música “Hey, Jude”, dos Beatles. 
Diz que você gosta da ideia de sair todas as sextas-feiras para um barzinho comigo, para darmos adeus á mais uma semana de lutas. 
Diz que você gosta da ideia de ficar e estar comigo todos os dias, por mais difícil que isso pareça. 
Diz que você aceita a ideia de me amar na mesma intensidade que eu amo você.
Por favor, diz que você aceita a ideia de eu amar você e, por favor, diga que gosta da ideia de viver intensamente cada dia que viermos a passar juntos.
— Tickets of Cassie - Mais uma vez, essa é pra você.

Eu e você, um dia, talvez

Sabe como seria um dia perfeito pra mim? 
Ele começaria com nós dois acordando agarrados, de conchinha na cama, você me dando beijos na nuca e eu toda arrepiada. 
Aquela coisa gostosa, frio da manhã. 
Então eu vestiria sua camisa que provavelmente estaria jogada no canto do nosso quarto e iria tentar fazer alguma coisa na cozinha. 
Você então levantaria e iria até lá, me agarraria pelas costas e me encheria de mais beijos, beijos esses que eu faria questão de retribuir e entre eles soariam vários eu te amo; Então nós tomaríamos café da manhã e discutiríamos sobre algumas pequenas coisas com rápidas soluções, como mudar as cores das cortinas por exemplo.
 Nós iriamos dar uma caminhada por qualquer praça da cidade, eu e você. 
E criticaríamos muitas coisas, erradas e certas talvez. 
Almoçaríamos juntos e dormiríamos aquele sono gostoso da tarde. 
Na nossa cama gostosa. 
Bem no final da tarde você iria sair pra andar de skate e eu iria te acompanhar de patins. Só nos dois de mãos dadas, para que todos e todas vissem que um era do outro. 
Nós iriamos voltar pra casa e na volta passaríamos por um PetShop e ficaríamos vendo aqueles cachorrinhos lindos e fazendo planos pra quando comprássemos o nosso e decidindo de que raça ele iria ser, pra não machucar nossos futuros filhos. 
E então começaríamos a decidir os nomes, e o sexo das crianças, e quantos seriam. 
Em frente a nossa casa , presentados com a luz da lua, você então prometeria que faria acontecer, ia me chamar de pequena e falaria que jamais deixaria nada nem ninguém abalar o nosso amor, eu me envolveria em teus braços num abraço gostoso, daqueles verdadeiros que você e eu poucas vezes sentimos na vida, iria falar que te amo e faria a ti as mesmas promessas e mais, prometeria ser tua, somente tua para o resto de minha vida. Naquela noite então faríamos amor, não como dois loucos pervertidos, mas como duas pessoas que se amam, que se desejam. 
E ao final de tudo e depois de um banho quente, dormiríamos agarradinhos, de conchinha, pra acordar da mesma forma no dia seguinte,
— Eu e você, um dia, talvez.  

Caio Fernando Abreu

Poderíamos casar. 
Não chegaríamos sequer perto do exemplo de família perfeita. 
Teríamos um apartamento, quem sabe uma casa com jardim e um cão com pêlo brilhante. Improvável. Tomaríamos café as cinco da tarde.
 Você reclamaria o fato de eu ligar o chuveiro horas antes de ir para o banho. 
Eu, por você ter arranhado meu CD de jogo favorito.
 Eu não admitiria o quanto você fica bonito quando bravo e você não diria que lembra da cor do sapato que eu usei quando nos vimos pela primeira vez. 
Discordaríamos quanto a cor das cortinas. 
Não arrumaríamos a cama diariamente, beberíamos juntos em algum clube no final de semana. 
A geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário, de porcarias. 
Adiaríamos o despertador umas trinta e duas vezes só para ficarmos horas na cama enrolando e falando qualquer besteira. 
Você me ensinaria alguma coisa sobre futebol, e eu te convenceria a assistir aquele filme no cinema. 
Sentaríamos na sala de pijama e pantufas, você iria direto para o caderno de esportes no jornal e eu comentaria alguma notícia qualquer.
 Você saberia o nome do meu perfume, eu saberia onde você largou a última edição da revista de música. 
Sairíamos pra jantar em algum dia de chuva e não nos importaríamos em chegarmos encharcados. 
Dormiríamos com o computador ligado. 
Nos beijaríamos no meio de alguma frase. 
Você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. 
Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia. 
Saberíamos.
— Caio Fernando Abreu.

Clarissa Corrêa

Parabéns para você, que, linda, lida com explosões hormonais uma vez ao mês. 
Que sente tudo inchar. 
Que chora por besteira. 
Que valoriza bobagens. 
Que acredita em filmes de amor. 
Que faz coleção de esmaltes. 
Que ama sapatos, bolsas e cacarecos para colocar no cabelo. 
Que compra só porque tava em liquidação. 
Que sempre precisa de alguma coisa. 
Que acha o amor a coisa mais bonita – e importante desse mundo. 
Que sabe como é fundamental olhar para si mesma – ainda que de vez em quando se perca e se preocupe em demasia com o “querer” do outro. 
Parabéns para você, que dia a dia aprende mais sobre você mesma. 
Que erra para aprender.
 Que é forte o suficiente para seguir em frente – sem lamúrias, mas com maturidade e sensatez. 
Que de vez em quando esquece a própria idade e o juízo em algum canto.
 E depois acha, como mágica. 
Parabéns para você, que tem um sonho. 
Que não desiste, apesar do que falam. 
Que não se abala, apesar do medo.
 Que sente uma fraqueza interna, mas caminha com passos firmes. 
Que fica tonta, mas não desmaia. 
Que apesar de cada pedra no caminho, corre.
 Que reclama dos problemas, mas entende que a vida é feita deles.
 Que tenta entender o defeito alheio – e procura perceber os seus.
— Clarissa Corrêa. 

Fernanda Marques

Durma comigo. 
Eu não me importaria se você estivesse usando três camadas de roupas ou nada, eu só quero te sentir ali perto de mim, sua respiração junto a minha. 
Você pertence a minha cama e ela fica incompleta sem você nela.
Durma comigo.
 E quando juntarmos nossos corpos o mais junto possível no desejo de sermos um, algo sublime acontece, o paraíso esta ali eu sei, com seus dedos perdidos nos meus cabelos, seus lábios no meu pescoço, minhas pernas embaralhas com as suas.
Durma comigo. 
Podemos fazer qualquer coisa, falar sobre qualquer coisa, ou simplesmente não falamos nada somente seguramos um ao outro, até nossas respirações ficarem pesadas com o sono… Pois mesmo no silêncio tudo fica completo ao seu lado.
— Fernanda Marques.

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