
22 de outubro de 2015
16 de outubro de 2015
Quietude - Marla de Queiroz
"Quieta, silenciosa, transitando lentamente pela casa, habitando o por dentro amplamente. Organizando meus livros, minhas gavetas internas, desarrumando outros espaços que de tão organizados me impossibilitavam novas manobras. Ouvindo outras músicas, conhecendo outros ritmos, respeitando o meu. Que me importa se é quase carnaval e todos os blocos estão na rua? Quero é o aconchego da quietude, da minha cama quente, o barulhinho frenético do teclado do meu computador. E essa musiquinha calma que me embala, sussurra. Nada grita, nada desagrada, não há desconforto; apenas estou quieta, observando, percebendo outras sensações que não as já tão conhecidas. Comendo quando tenho fome, dormindo quando sinto sono, lendo pra me alimentar do que gosto, escrevendo quando posso, enfim, desfrutando o aconchego do meu próprio colo…Falando pouco, um pouco séria, mas a minha alegria ainda impera, permeia tudo, o estado é de contentamento.
Se estou muito quieta e se recuso todos os convites para a pré-folia, não se incomodem, é a paz instalada no peito, e eu me fazendo a melhor das companhias… Claro que vasculhando tudo encontrei muitos fantasmas, mas, acreditem, existem muitos fantasmas bons.
(E me lembro do que escrevi pra alguém que um dia estava passando por um momento semelhante: que mãos vazias ainda são as melhores para se colher flores…)"

Marla de Queiroz
Fabrício Carpinejar
"Ou esquecemos ou perdoamos, não dá para fazer os dois. Perdoar é sempre lembrar e sempre aceitar."
Fabrício Carpinejar
Marla de Queiroz
"Dentro de mim, existe um Espaço Sagrado onde guardo minhas preciosidades.
Às vezes faço uma faxina lá e mudo tudo de lugar. Não é por maldade, é só vontade de ver um outro ângulo das coisas. Eu não gosto do olhar acostumado. Não gosto de ver um objeto num objeto, porque tudo pra mim tem entidade humana. E gente me tira o fôlego, vejo belezas demais quando amo, e amo sempre e tanto.
Às vezes eu desapareço mesmo, porque fico tão cansada. Fico tão cansada daquele cenário. Fico tão cansada daquele amor. Tão absurdada pelas coisas,me exaspero. Sempre é tanto. É que vivo num derramamento espesso de sentimento. Aí eu mudo o foco que é pra não cansar o outro também. Ou, às vezes eu não quero cuidar da ferida de ninguém, tão cansada que fico. Ou aquela alegria dele merece ser comemorada com outras pessoas porque estou no meu momento pleno de esvaziamento em que até a sedução me cansa. E só a solitude pode me acalmar.
Por isso durmo antes do sono.
Por isso, às vezes, tudo tão esquisito e ausente em mim.."

Marla de Queiroz
14 de outubro de 2015
2 de outubro de 2015
Clarissa Côrrea

“A chuva sempre me fez refletir. Sei lá, penso em tudo. Passado, presente, futuro. Planos rabiscados, sonhos entalados na garganta, vontades pela metade, coisas assim. Todo mundo tem pedaços soltos. Fico pensando em tudo que eu quis um dia. Em tudo que deu certo. Em tudo que modifiquei. Em tudo que ainda quero. Em todas as saudades que sinto.”
Clarissa Côrrea
Charles Chaplin

“Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.”
Charles Chaplin
Nicholas


“E nós nunca vamos nos beijar na chuva. Eu também nunca vou calar sua boca com um beijo e nenhuma das nossas brigas vão acabar na cama. Eu nunca vou te observar enquanto você dorme e nunca vou fazer cafuné em você quando você estiver com a cabeça deitada no meu peito. Não vamos passar tardes assistindo filmes românticos debaixo das cobertas e comendo brigadeiro. Também não vamos passar madrugadas acordados conversando. Nossos planos não vão se concretizar. Eu não vou ficar com vergonha conhecendo sua família. Não vamos contar aos nossos filhos a longa e estranha história sobre como nos conhecemos. As pessoas não vão olhar pra nós e falarem sobre como nós somos bonitinhos juntos. Não vamos discutir sobre quem vai levantar pra apagar a luz do quarto. Não vamos ter um futuro. Tudo isso poderia ter acontecido, mas não vai. Porque nós dois fomos feitos pra nos conhecermos, nos apaixonarmos, mas não pra ficarmos juntos.”
Vinícius Kretek
J.Castro

“fecho os olhos. clichê. comecei mal. cacete. nem sei porque continuo. só pelo exercitar. uma prática da mesmice. só porque as folhas brancas me irritam. só porque toda essa realidade que se desenvolve fora do meu caderno talvez seja um pouco dura pra mim. dura realidade: clichê. sou uma fábrica de clichês. quem não é? escrevo meio no toque do toc. batendo furiosamente numa máquina de escrever imaginária. mas eu não sou um datilógrafo. não. pois a máquina está na minha cabeça. eu não sou um datilógrafo. sou um mimeógrafo. aquele cheirinho de álcool na folha molhada, a tinta meio borrada. acabei de entregar minha idade (noventa e três por cento das pessoas que estão lendo isto não sabem o que é um mimeógrafo). essa infância dentro de mim. tão perdida. tão clichê.”
J.Castro
O Teatro Mágico

“Carinho é quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente, e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo.”
O Teatro Mágico
Via fascinada-por-sonhos,
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Acho que não foi amor, mas deixou marcas, deixou saudade, deixou um buraco no peito, deixou a desejar, deixou a realizar, deixou uma carê...