Joguei
tudo que tinha pra se jogar fora.
Rasguei
as velhas cartas e quebrei os velhos discos.
A
solidão me assombrava a todo instante e escondido dentro do baú de lembranças guardado na ultima gaveta do armário está o
amor. Quase que se abrindo sozinho para
tentar colorir a vida.
Não
escrevia mais poesia, apenas lia livros que falavam de nós dois.
Eu senti,escrevi,amei, desejei e curei feridas, Recitei versos,
frases, poemas e cantei.
Deitei a cabeça no sofá e joguei minhas pernas em
cima das tuas.
Comecei
a te observar e analisar cada linha de expressão e como olhava fixamente para o
futebol na televisão.
Foi
quando comecei a perceber que foram exatamente por cada detalhe as mãos, os
olhos castanhos, a boca, a barba mal feita
Percebi
então porque me apaixone, foi por detalhes pequenos esse desejo de permanecer
ali. Jamais deixaria o medo, o escuro, a bagunça. As caras e boca, os sorrisos e cada olhar.
Tudo
isso brincava comigo com meu coração.
“o
que foi moça? Porque me olha assim?” ele diz sorrindo, então fui despertada
daquele transe hipnótico que ele me fazia ter.
Não
discuti, não soltei uma palavra apenas o silencio de nos dois olhando um para
outro.
Eu
sorri. Não precisávamos dizer nada. Ele tinha enxergado completamente as mesmas
coisas que eu.
E
aquele silencio falou por nós dois.
By:
Thata G.
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