Amar é como andar de Bicicleta .Analogia nunca foi meu forte, mas , por favor, siga minha linha de raciocínio. Quando criança, todo mundo quer uma bicicleta. Começa com rodinhas que é pra não perder o equilíbrio. Mas o amor também é assim. Todo mundo, pelo menos no primeiro contato, fantasia tudo, acrescenta cavalo branco e príncipes. Ou não? Mas ninguém se equilibra em nada por muito tempo. Sempre tem uma queda ou outra. Joelhos ralados, no caso da bicicleta. Coração machucado, orgulho ferido, vontade de não acreditar em mais nada, querer se trancar dentro de si mesmo pelo resto da vida, no caso do amor. Certas coisas tomam proporções diferentes, mas isso todo mundo sabe. Depois de um tempo as rodinhas não servem mais. Você apenas quer guiar o guidão da sua vida, ops, da sua bicicleta e sentir o vento no rosto. Sensação de liberdade. Vai me dizer que não é assim quando se supera um amor? Ou devo dizer um quase amor? Talvez tenha sido só uma paixonite, mas as pessoas têm a mania de generalizar e rotular tudo. Só estou seguindo o roteiro. E chega a hora que você cresce. Não me julgue, não estou falando de amadurecimento. Nem todos conseguem esse grande feito. Mas depois que você apaga algumas velinhas de aniversário e já pode ir ao cinema sozinho, a bicicleta é deixada de lado. Quem quer andar de bicicleta quando se pode andar de carro de fórmula um, metrô, avião e até mesmo ônibus espacial? Ninguém pode ser culpado pelas maravilhas atrativas do maravilhoso mundo moderno. Quem quer se apaixonar, amar ou até mesmo se casar quando se pode ficar e transar sem compromisso? Agora existe camisinha. Não previne apenas doenças. Dá a oportunidade da falta de compromisso sem se preocupar com laços paternais. Vamos rasgar o verbo: previne a gravidez mesmo. Mas cá estamos nós. Na era do modernismo, onde a bicicleta ou o amor, tanto faz, os dois foram pra escanteio.”
Querido John.
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